16/06/2007

Fé e Ciência: Opostos ou Complementos?

Foi com satisfação que li alguns artigos sobre este tema polêmico entre a fé e ciência que me fizeram escrever texto.
Ciência e fé cristã têm uma longa e, em muitos momentos, sangrenta rivalidade histórica, gerada pela disputa de explicar quem somos e os mecanismo que nos acercam. Apesar de existirem motivos históricos para essa inimizade, não é verdade que ciência e fé sejam coisas incompatíveis.
Por muitos séculos, só a religião era suficientemente estruturada para desempenhar a função de explicar o mundo.
A ciência conseguiu criar um sistema em que a verdade poderia ser investigada e testada, e não somente aceita passivamente pela fé.
Um dos fatos que mais me chamou a atenção nos artigos que li foi o fato de que cientistas e teólogos estão intrigados com a grande quantidade de estudos que estão sendo realizados em laboratórios, cujo objetivo é, explicar os mistérios religiosos, ou procurar Deus dentro do cérebro humano, usando os instrumentos e métodos da ciência.
Porém existem cientistas que tem se empenhado em apontar a impossibilidade de haver um diálogo são entre ambas. Um estudo publicado nos Estados Unidos mostraria que o problema não seria por causa da fé nem da ciência, mas sim de alguns cientistas, que em sua maioria rejeitam o dado revelado e se declaram ateus… com seus conseqüentes preconceitos e vícios metodológicos.
Mas, afinal, qual é a relação, ou qual o relacionamento que deve existir entre fé e ciência?
O professor Felipe Aquino afirma que ciência e fé não são excludentes:
• Se a ciência oferece ao ser humano o conhecimento das leis do mundo natural, a fé o transporta à transcendência do sobrenatural.
• Se a ciência se desenvolve na investigação sistemática do mundo visível, a fé cresce na confiança e no abandono.
• Se a ciência exige provas, a fé requer aceitação.
• Se a ciência exige pesquisa, a fé exige contemplação.
Ainda conforme o professor Felipe Aquino (...) “onde termina o limite estreito de alcance da ciência, aí começa o horizonte infinito da fé. O cientista acredita porque “entendeu”, o crente acredita porque “confia” em quem faz a revelação. Ambas se completam e se auxiliam mutuamente(...)”
Contudo que li acredito que fé e a ciência são compatíveis e que é possível que a ambas auxiliem uma a outra. Ainda que sejam vistas como óleo e água, por causa da essência de cada uma devemos evitar vê-las como opostos, e começar a ver como podem trabalhar juntas.


Albert Einstein (1879-1955), Nobel de Física em 1921, pela descoberta do efeito foto-elétrico: “Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus”. “O universo é inexplicável sem Deus”.

Um comentário:

Wanderson "Wans" disse...

"A fé e a ciência são duas asas pelas quais o homem alça vôo para o pleno conhecimento da verdade."
Com essas palavras de João Paulo II no documento Fides et Ratio ( Fé e razão), eu ratifico as opiniões dadas pelo Prof. Felipe.
Uma é complemento da outra. Gostei do post. Parabéns
Abraço